IMAGEM PERDIDA Kali
Desejava seu ventre corrompido pelo gozo
Seus corpos nesse sexo tão exposto.
Amá-lo até o fim de sua vida
Suas bocas para sempre em clausura.
Sua única saída.
E tanto desejou que a imagem então se aproximou
E, num ímpeto, ao encontro dela se arremessou.
Nem os estilhaços do espelho, Nem o sangue em vermelho
Lhe fez compreender
Que foi tanto o amor que se verteu
Que nela já não estava mais seu eu
Que aquele corpo no espelho era mesmo o seu
Não o corpo ao encontro do qual se arremeteu
Não o corpo do desejo que a ensandeceu
E o que restou além dos estilhaços
Foi uma lágrima em meio ao sangue chorando a imagem que se perdeu.
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